Yara Monteiro nasceu em Angola, mas acabou por crescer em Portugal, porque veio para cá, ainda bebé, com a mãe e a família materna. Já na fase adulta viveu em Luanda, Copenhaga, Atenas, Rio de Janeiro e Londres, até regressar, de novo, a Portugal, onde se encontra atualmente. Durante este percurso, principalmente no tempo que passou no Brasil, em contato com movimentos sociais de afirmação de identidade, despertou para a sua negritude e passou a descrever-se como “trineta da escravatura, bisneta da mestiçagem, neta da independência e filha da diáspora”.
É licenciada em Recursos Humanos e trabalhou nessa área, durante quinze anos. Atualmente dedica-se às artes plásticas e à escrita, tendo publicado, em 2018, a obra Essa dama bate bué!, que se pode descrever como um romance contemporâneo feminista que aborda questões de género, raça, colonialismo, identidade e diáspora. É, ainda, corresponsável pelo departamento de Cultura, Arte e Espetáculos do Instituto da Mulher Negra (INMUNE).