Eduardo Yuji Yamamoto
Um importante mecanismo biopolítico do sistema de comunicação é o apagamento do rosto (Emmanuel Lèvinas). Neste texto apresentamos como isso funciona através do caso Verônica Bolina, a travesti brasileira vítima da violência policial. O texto utilizou um corpora formado por 5 artigos jornalísticos, que ajudam a contextualizar o caso, e por 3 imagens, que são o foco da análise. Utiliza-se o método da análise do discurso a fim de evidenciar três formas de apagamento do rosto que atuam nesse caso: (1) a construção de um inumano; (2) o deslocamento da posição da vítima; (3) a inserção em regimes de normatividades. Por fim, o texto sugere que, para além de um despertar ético à humanização, a abertura ao rosto constitui uma prática política urgente capaz de promover um novo engajamento.
Palavras-chave: Estudos culturais; estudos queer; jornalismo online; imagem; análise de discurso.